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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Menos pá e mais pó.

Aqui e agora, menos palavras e mais poemas. Mas a poesia não é feita de palavras, rapaz? você me pergunta. Não, não é; te respondo, pondo verso sob verso, sobre viva, sobre verso:

Pré sentimento

"Sempre evitei falar de mim,
falar-me. Quis falar de coisas.
Mas na seleção dessas coisas
não haverá um falar de mim?"
-João Cabral de Melo Neto

Preciso de algo.

ninguém
que me
apresente
a alguém
como eu.

Mas me
reapresente
represente
para algo
além ou
aquém.
daqui.

alguémninguém
olhos vendados
e abertos
para o túnel
no fim da luz.

...

Só crateras

desconhece-te
a ti mesmo.
O ditato

me edita

me dita
medita.

...

Beijo e vinho

rir do começo ao fim
ir do começo ao fim

entre eros e
acertos.

...


Caminhante soturno, seguindo o nada a nado e cantando um tantão. Procurando uma quimera químiqueira, vulgo vulgarmente vagando (em) paraísos artificiais. São ossos do ofício. Fogos do artifício. Isso isso isso.

Ainda ando, e me e te pergunto: O mundo é grande, ou é pequeno e dá voltas demais?

Com muito ou pouco prazer, contando o conto que for.
Contanto, no meio de tanta coisa, coiso. E saiu agora:

Vamos vendo
até onde
for

vamos vento
até onde
flor.

Lavamos nós?..