Em uma aula vazia:
Abrir os olhos
como vidente
que emerge dum mergulho no
escuro do inconsciente
...
Céu do meio dia
Está claro
o sol queima e ilumina
como raiopoesia
...
Cesta
dormir até tão tarde
que o sono só seja sonho
a vida - apenas arte
...
A noite e seus dilemas
o vinho queima
como se guardado no
carvalho dum poema
...
Luto
Entre o destino e o acaso
como se negra noite e diáfano dia
negassem o transe do ocaso
...
Sonho colorido
pintar as quimeras
da madrugada - na aquarela
da alvorada
...
É complicado se estreitar entre os corredores cheios de poeira da pretensa univer sidade, especialmente quando se quer vida, ou algo além do que está. Pensamentos sendo corroídos por lite ratos e burrocracias, num coletivo olhar para o umbigo, numa constante ação entre amigos, esperando a hora do bote. Uma orgia de egos. O saldo colhido: mil traços e símbolos - levando consido areia cinza e pó do que podia ter sido e só soube sangrar o vivo ainda não nascido.
Enfim: isso.
Prossigo
na mesma perdição de sempre
em todos os sentidos
e sentimentos...