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terça-feira, 20 de abril de 2010

Reflexões da noite de um dia

Em uma aula vazia:


Abrir os olhos

como vidente
que emerge dum mergulho no
escuro do inconsciente

...

Céu do meio dia

Está claro
o sol queima e ilumina
como raiopoesia

...


Cesta

dormir até tão tarde
que o sono só seja sonho
a vida - apenas arte

...


A noite e seus dilemas

o vinho queima
como se guardado no
carvalho dum poema

...


Luto

Entre o destino e o acaso
como se negra noite e diáfano dia
negassem o transe do ocaso

...


Sonho colorido

pintar as quimeras
da madrugada - na aquarela
da alvorada


...

É complicado se estreitar entre os corredores cheios de poeira da pretensa univer sidade, especialmente quando se quer vida, ou algo além do que está. Pensamentos sendo corroídos por lite ratos e burrocracias, num coletivo olhar para o umbigo, numa constante ação entre amigos, esperando a hora do bote. Uma orgia de egos. O saldo colhido: mil traços e símbolos - levando consido areia cinza e pó do que podia ter sido e só soube sangrar o vivo ainda não nascido.

Enfim: isso.

Prossigo

na mesma perdição de sempre
em todos os sentidos
e sentimentos...

Um comentário:

  1. Ô Igu, ficou bonito o que escreveu. Universidade é um ringue de egos.. =/ Beijo

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