Depois de um tempo por fora, se volta pra dentro.
Depois de um tempo, o espaço (sideral, espectral, vazio, preenchido de).
E, é claro, aquele íssimo íssimo íssimo. Cansaço.
A Tarde Talvez Fosse Azul
Nofim tudo se resume em sexo
esse coitado coito
essa dança sem nexo
tudo se sintetiza no desejo
esse imã de vento que
não vejo, mas creio
pelo que passo nos passeios
de beijo em beijo
de apelo em pelo
de fora pra dentro
da paixão ao chão
do colchão ao caixão...
mas não. sinto muito.
não sei trocar de corpo
como troco de roupa
Há algo mais pra tocar
batendo no peito na porta
na boca no nada sem sentidos
aí escorre o coração: a candeia dos vivos
...
queria, vez ou outra
falar de amor
gastar na escrita essa
gastrite nervosa
falar de flor da saudade de não ter
ilusão no concreto da realidade
olhar o horizonte por cima do muro ver
a alvorada brilhar como olhos damada
mas não vejo ela vejo a tela novela mídia medo
vejo sem ver – cego de mãos e de dedos
não sei descrever meus segredos não sinto o que seja
apenas desejos. e desvejo esses elos com medo. Medo...
...
Um Queijo do fundo do peito.
Seus poemas têm uma musicalidade incrível. Muito, muito legal.
ResponderExcluirque beleza o seu poetar!
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