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domingo, 11 de setembro de 2011

Primeiras cenas acenos e acentos - México

Fiz uma postagem meio longas com poemas, e não sei se por conta da foto que coloquei por último, deu uma desconfigurada nos espaços entre os versos, que eu não vou arrumar agora, fica assim até segunda ordem:

Fiquei esperando esperando esperando um tempo ou um tino pra descrever de forma mais minusciosa o méxico, ou um pouco desse calor que é aqui, seja humano, pimenta ou tequila.

E como sempre, o tempo não vem, quando esperamos, mas nesse meio tempo muita coisa vêm, muita coisa passa, inclusive alguns poemas curtos, que eu andei escrevendo a uns tempos e posto aqui pra não serem perdidos na virtalidade do diànoite:

Tenho visto que os expoentes
da minha geração não são
da minha geração



não



O futuro desses tempos

é levantar da cadeira

e cair no caixão



..

Felinanoite


num dia desses
da infância
sentimental
que nunca passa


num dia cheio
de chuva
de lágrima
de mágua

quase sempre
não acontece
nada
além desse voar

fora da asa
esse perder-se
em sua própria
madrugada

até aí não há
o que valha a pena
ou a tinta
dum poema

mas na paisagem
do quarto mudo
percebo um olhar
quieto, profundo

um gato negro
me pula o colo
me lambe a face
e ronrona

um silêncio pleno
me nasce
e qualquer possibilidade
de palavra

me abandona


...


Tarde de agosto
o espelho não vê
o seu rosto

.


Tarde demais, moço

o vento não seca
o seu desgosto
.


Sessão da tarde

sair do ar parece ser

a única vontade


.


um grito louco

vaiavozvoandonovento

fica o assopro

.

Trevas da tarde
tudo arde
e passa vontade


.


o branco, o vôo

nonada a verdade

a vida, o esboço

...

já que tenho dedos

faço o que quiser deles

aponto estrelas


enfio no cu
ou escrevo o caminho

entre eles





como se fosse verdade - a esperança