Hoje, eu e Lucas Porco, amigo e parceiro querido que já viajou tantas canções comigo e ainda há tantas a viajar, conduzimos uma aula show no CNEC, nossa escola Natal, intitulada A Letra da Música e a Música da Letra: um passeio pela poesia e canção brasileira.
Entre abraços e sorrisos de reencontro, hormônios lutanto contra a quietude dos terceiranos, poemas, músicas, sistema e vida, a aula foi um espetáculo, acho. O sonho valeu o sono, sinto.
E ainda num palco que a uns seis anos atrás interpretei Álvarez de Azevedo, junto dum mesmo Pig Violeiro, ainda iniciantes nesse mundão de notas e prosas, de tantas noites e tantas tavernas e tantas cavernas e mundo das ideias.
Ironias, ou descaso do acaso.
Um caso a se pensar: levar esses sons e signos pra outras bandas e outros cantos. Quem sabe?
Pra não perder a viagem, vou, voô:
Dia da Criação
I
Vingar o Verso
Até que o Verbo
Se faça Carne
...
II
a letra ilumine
a água em lágrima
a imagem, em paisagem
...
Retrato Falado
faro de tato
pele de pelo
língua de sapo
vi meio torto
meio vil
meio vivo
meio morto
machucado
saía sangue
das palavras
olhos abertos
ao gosto do vento
pupilas do olvido
dilatadas
não sei se corria
atrás ou à frente
de seu tempo
plantou folhas
no chão
como se
semente
e foi-se embora
sem forma
faca entredentes.
Tal vez só
um sonho
perigoso
um poema de pernas
- correndo das grades
das letras das frases -
livre dos livros: à liberdade.
...
E prosseguimos. Libertinagem, ainda que tardia.
belo poema, bela foto...
ResponderExcluirOlá Irgo! Saudações Literárias...
ResponderExcluirMuito bem cuidado seu espaço. Parabéns!
Sempre que eu puder voltarei.
Abraços de Luz.
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